Castelo do Mau Vizinho

Freguesia de
Cimo de Vila da Castanheira

Castelo do Mau Vizinho
Distrito Vila Real
Concelho Chaves
Freguesia Cimo de Vila da Castanheira
Área 16,42 km²
Habitantes 479 (2011)
Densidade 29,2 hab./km²
Gentílico Flaviense
Construção ( )
Reinado ( )
Estilo ( )
Conservação ( )

O Conde Odoário, irmão do rei Afonso III das Astúrias, conquistou a zona e foi encarregue de repovoar a região que compreendia o Minho e o Douro. A igreja de São João Batista foi construída num momento indeterminado da época medieval e também pertence à aldeia de Dadim. Trata-se de um edifício pequeno tardo-românico composto por uma única nave. São escassas as referências documentadas sobre esta igreja. A torre, que supostamente pertence a uma época anterior ao próprio edifício, devido à sua estrutura defensiva, encontra-se separada do corpo principal da igreja e presumivelmente é uma torre sineira.

Na Idade Moderna, Cimo da Vila passou a encontrar-se sob jurisdição do Conde de Atouguia (D. Álvaro Gonçalves de Ataíde), foi o primeiro de uma das famílias mais poderosas do reino português durante este período. Num pequeno alto está a capela barroca de São Sebastião, lugar, onde, segundo o que parece, existiu um castro. As aldeias que pertencem a este município detêm também importantes construções tradicionais em granito, embora a maior parte delas se encontre em estado de ruina.

A presença humana na região do concelho remonta ao Paleolítico, conforme inúmeros testemunhos de Mairos, Pastoria e de São Lourenço, dentre outros locais, e das civilizações proto-históricas, nomeadamente nos múltiplos castros situados no alto dos montes que envolvem toda a região do Alto Tâmega.

O castelo medievalseta_baixoseta_cima

Brasão de Chaves
Foto 1 castelo

O chamado Castelo do Mau Vizinho, também referido como Castelo dos Mouros, localiza-se na freguesia de Cimo de Vila da Castanheira, concelho de Chaves, no distrito de Vila Real, em Portugal.

Isolado num penedo sobranceiro à margem direita do rio Mousse (Mouce?), afluente do rio Mente, na vertente nordeste da serra do Candedo, na realidade trata-se de um sítio arqueológico de natureza ainda não inteiramente compreendida pelos estudiosos. Alguns autores sustentam que se trata de um santuário pré-romano, composto por um altar e por locais de sacrifício. Outros autores argumentam, por outro lado, que o sítio não apresenta o mesmo tipo de estruturas (cultuais e defensivas) identificados na região.

Descoberto pelo arqueólogo António da Eira e Costa entre o final da década de 1960 e o início da de 1970, foi objeto de três campanhas:

  • no Verão de 1981 – conduzida por Adérito Medeiros Freitas, António da Eira e Costa e Joaquim Rodrigues dos Santos Júnior, promoveu trabalhos de limpeza e esquematização;
  • em Setembro de 1988 – conduzida pela mesma equipe, com a participação de Norberto dos Santos Júnior, prosseguiu os trabalhos de limpeza e esquematização; e
  • Setembro de 1989 – conduzida por Adérito Medeiros Freitas e António da Eira e Costa, completou os trabalhos, com fundos da Câmara Municipal de Chaves.

Como consequência desses trabalhos, o sítio encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público por Decreto publicado em 3 de Janeiro de 1986.

O material trazido à luz pela pesquisa arqueológica neste sítio é constituído por um cossoiro de barro e fragmentos de telha e de cerâmica, correspondentes à Idade Média.

Característicasseta_cima

A estrutura denominada como castelo constitui-se no topo cortado do penedo de xisto, na cota de 562 metros acima do nível do mar, limitado por encaixes para o assentamento da estrutura de um possível torreão central. Envolvendo o espaço deste recinto central (c. 184 metros quadrados), ergue-se uma cerca de pedras de xisto argamassadas que se desenvolve em dois troços. Externamente a esta cerca, existem uma série de cavidades na rocha, para o assentamento de estruturas perecíveis (como a madeira), que constituiriam uma segunda linha defensiva. O conjunto é acedido por um alinhamento de degraus escavados na rocha.

Acontecimentos da época
803 - Rutura entre Carlos Magno como Imperador do Império Romano do Ocidente e o Império Romano do Oriente.
812 - Tratado de paz entre o Imperador Carlos Magno e Império mpério.

814 - Fim do Reinado de Carlos Magno.

822 - Abd al-Rahman II é nomeado Califa de Córdova (822 a 852).

 - Batalha entre Abd-El-Raman III Califa de Córdova e o Conde Hermenegildo em Rio Tinto (Gondomar)

833 - Aparição de Nossa Senhora da Abadia, também conhecida por Nossa Senhora do Bouro.

 - Luís I, o Piedoso , julgado, condenado e deposto pelos filhos.

839 - Expedição de Afonso II das Astúrias à região de Viseu.

842 - Início do Reinado de Ramiro I das Astúrias que alarga o reino asturiano a Navarra.

844 - Os Normados atacam a Península Ibérica com incursões a Lisboa, Beja e Algarve.