Freguesia de Messejana
Castelo de Messejana | |
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Distrito | Beja |
Concelho | Aljustrel |
Freguesia | Messejana |
Área | 113,77 km² |
Habitantes | 892 (2011)
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Densidade | 7,8 hab./km² |
Gentílico | Aljustrelense, Vispascense |
Construção | ( ) |
Reinado | ( ) |
Estilo | ( ) |
Conservação | Mau |
O seu nome teve origem na palavra árabe masjana, que significa prisão ou cárcere. Deriva do verbo sajana (encarcerar, meter na prisão).
Reconquistada aos mouros por Dom Sancho II em 1235, recebeu de Dom Dinis categoria de concelho (extinto em 24 de Outubro de 1855, pelo Ministro do Reino Rodrigo da Fonseca). Dom Dinis mandou restaurar o seu castelo em 1288 e doou a vila à Ordem Militar de Santiago da Espada.
Dom João III doou-a a Dom João da Silva, Senhor de Vagos, conhecido como “Grande Regedor“. Sucedeu-lhe seu neto Dom Lourenço da Silva, que fez construir (1566-1570) o convento para frades franciscanos e a Igreja da Misericórdia. Dom Lourenço da Silva morreu com cinco irmãos em 1578, na batalha de Alcácer Quibir, da qual participaram a pedido da mãe, que recebera Dom Sebastião em Messejana, em 1573.
Messejana chegou a ter 11 igrejas: a Matriz, a da Misericórdia, a de Nossa Senhora d‘Assunção, a de N. Senhora do Carmo, a de S. Marcos, a do Convento, a dos Santos Reis, a do Espírito Santo, a de S. Sebastião, a de S. Braz, a de S. Pedro (o velho) e a igreja de S. Pedro (o novo), que não chegou a ser acabada. Também existiam em Messejana três capelas particulares.
Actualmente só há quatro: Igreja Matriz, Igreja da Misericórdia, Igreja de N. Senhora d‘Assunção e Igreja dos Santos Reis. Para além das igrejas, existe ainda a capela da Aldeia dos Elvas.
Podem-se ver ainda as ruínas do Castelo medieval, a Torre do Relógio, as ruínas do Convento, o Fontanário de Alonso Gomes, o Cruzeiro da Independência, casas solarengas e o Museu Etnográfico Biblioteca Pública.
Terra histórica, foi berço de pessoas ilustres e palco de episódios importantes. Recebeu foral de D. Manuel I a 1 de Julho de 1512. D. Joäo II esteve em Messejana em 8 e 9 de Outubro de 1495 quando seguia, doente, para as Caldas de Monchique. Quando D. Sebastião visitou o Sul em 1573, esteve quatro dias em Messejana com a comitiva.
O termo da vila englobava também a freguesia da Conceição. Após 1836, foram-lhe anexadas as freguesias de Vale de Santiago, Alvalade, Casével e Panóias.
O Duque da Terceira esteve em Messejana com sua força militar, reunindo seu conselho de brigadeiros em 17 de Julho de 1833, quando ficou decidida a tomada de Lisboa que deu a vitória aos liberais, os quais derrotaram os miguelistas em 24 de Julho de 1833.
O Castelo de Messejana, no Alentejo, localiza-se na vila e Freguesia de mesmo nome, Concelho de Aljustrel, Distrito de Beja, em Portugal.
O seu nome teve origem na palavra árabe masjana, que significa prisão ou cárcere. Deriva do verbo sajana (encarcerar, meter na prisão).
Embora não se disponha de informações seguras a respeito da primitiva ocupação humana deste sítio, a povoação e sua defesa já existiam ao tempo da Invasão muçulmana da Península Ibérica.
À época da Reconquista cristã da península, a povoação foi reconquistada aos mouros, em 1235, pelas forças de Sancho II de Portugal (1223-1248).
Sob o reinado de D. Dinis (1279-1325) foi elevada à categoria de Concelho, tendo este soberano doado a vila e seus domínios aos cavaleiros da Ordem de Santiago, com a determinação de restaurar o seu castelo (1288).
A vila recebeu Foral Novo de D. Manuel I (1495-1521) a 1 de Julho de 1512. Aqui pousou D. João II (1481-1495), entre 8 e 9 de Outubro de 1495, quando viajava doente para as Caldas de Monchique.
Sob o reinado de D. João III (1521-1557), este soberano doou-a a D. João da Silva, 6º Senhor de Vagos, conhecido pelo epíteto de Grande Regedor. Sucedeu-lhe à frente dos domínios o seu filho, D. Lourenço da Silva, 7º Senhor de Vagos, que determinou erguer, entre 1566 e 1570 o Convento Franciscano da vila e a Igreja da Misericórdia. Este nobre pereceu, com mais cinco irmãos, na desastrosa Batalha de Alcácer-Quibir (1578), em que participaram a pedido da mãe, que recebera D. Sebastião (1568-1578) em Messejana, em 1573.
No contexto da Guerra Civil Portuguesa (1828-1834), o duque da Terceira esteve na vila com a sua força militar, aqui reunindo o seu conselho de brigadeiros no dia 17 de Julho de 1833. Nela decidiu-se a tomada de Lisboa, operação que deu a vitória aos liberais, com a derrota dos miguelistas em 24 de Julho de 1833.
O Concelho veio a ser extinto em 24 de Outubro de 1835, pelo Ministro do Reino, Rodrigo da Fonseca.
Além das igrejas podemos ainda ver em Messejana as ruínas do seu castelo medieval e a Torre do Relógio.
803 - Rutura entre Carlos Magno como Imperador do Império Romano do
Ocidente e o
Império Romano do Oriente.
805 - O imperador de Bizâncio Nicéforo I sofre uma pesada derrota
na batalha contra os sarracenos em Crasus.
811 - Batalha de Virbitza entre o Clã Búlgaro Kroum e o Império Bizantino.
812 - Tratado de paz entre o Imperador Carlos Magno e Império mpério.
814 - Fim do Reinado de Carlos Magno.
822 - Abd
al-Rahman II é nomeado Califa de Córdova (822 a 852).
824 - Luís
I, o Piedoso, impõe a sua autoridade aos Estados papais.
- Batalha entre Abd-El-Raman III Califa de Córdova e o Conde Hermenegildo em Rio Tinto (Gondomar)
827 - Início da conquista da Sicília pelos Sarracenos.
833 - Aparição de Nossa Senhora da Abadia,
também conhecida por Nossa Senhora do Bouro.