Aguiar Sousa
Alcanede
Alcobaça
Aljezur
Alva
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Ansiães
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Barcelos
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Carrapatoso
Castelo Melhor
Castro Laboreiro
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Faria
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Folgosinho
Gaia
Giraldo
Gouveia
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Lanhoso
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Lousã
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Mau Vizinho(Évora)
Mértola
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Miranda do Douro
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Montemor-o-Velho
Neiva
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Paderne
Penacova
Pena de Aguiar
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Portelo
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Proença-a-Velha
Relíquias
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Santa Maria da Feira
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Santiago do Cacém
São Jorge
São Martinho de Mouros
Seia
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Alcantarilha
Alenquer
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Monforte (Fig.C.Rodrigo)
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Freguesia de Santo Estêvão
Alenquer | |
---|---|
Distrito | Lisboa |
Concelho | Alenquer |
Freguesia | Santo Estêvão |
Área | 304,22 km² |
Habitantes | 43 267(2011)
|
Densidade | 142,2 hab./km² |
Gentílico | Alenquerense |
Construção | 1148 |
Reinado | D. Afonso Henriques |
Estilo | ( ) |
Conservação | Boa |
Alenquer foi ocupada por muçulmanos e conquistada por D. Afonso Henriques. Recebeu foral em 1212 da infanta D. Sancha, filha de Sancho I de Portugal. Conta-se que a origem do nome provém de um cão de seu nome Alão. Esta é uma das versões. Outros autores preferem referir, sobre a etimologia de Alenquer, que a vila é de origem romana, dizendo que então se chamara Jerabrica ou Ierábriga (que por sua vez reporta-nos a uma origem celta dado o sufixo -briga), querem outros que fosse fundação dos alanos, no ano de Cristo de 418, e que estes a denominaram Alan Kerke, na sua língua «Templo dos Alanos».
O município de Alenquer desempenhou um papel preponderante em cada época, em cada momento, da História de Portugal. Desses tempos ficaram vestígios materiais, lendas, memórias, tradições, que sendo património de todos nós deve ser entendido e acarinhado.
De entre os fósseis de animais pré-históricos encontrados na região de Alenquer, destaca-se o Apatosaurus alenquerensis. Foi descoberto pelo geólogo americano Harold Weston Robbins que então trabalhava por conta da Companhia Portuguesa de Petróleos. As ossadas apareceram no meio de um caminho rural, algumas dezenas de metros a Norte de um moinho arruinado chamado Moinho do Carmo, situado a cerca de 1500 metros a Sul de Alenquer.
Depois de uma visita ao local, pessoal dos Serviços Geológicos, sob a direção de Georges Zbyszewski, realizou, em junho de 1949, as escavações, recolhendo 26 enormes vértebras pertencentes ao fóssil de um mesmo animal, muito frágeis, permitindo no entanto serem reconstituídas.
O estudo paleontológico dos pensados revelou tratar-se de um animal do período Jurássico (135-165 milhões de anos), de proporções gigantescas (podendo atingir 35 toneladas de peso, 22 metros de comprimento e 6 de altura), pertencente à família dos Saurópodes herbívoros.
Por se tratar de nova espécie, semelhante ao Apatosaurus da América, e tendo em conta o local onde foi encontrado, recebeu o nome de Apatosaurus alenquerensis. Encontra-se no Museu dos Serviços Geológicos, em Lisboa.
A descoberta pelo arqueólogo Hipólito Cabaço de objetos polidos no sítio do Castelo (sem precisar exatamente a localização) e de fragmentos cerâmicos junto da vulgarmente chamada Porta da Conceição parece indício seguro de uma origem pré-histórica da vila, no espaço depois limitado pela fortificação medieval.
As cerâmicas, classificadas por Cabaço como Eneolítico, são por ele descritas como “Diversos fragmentos de vasos campaniformes com desenhos incisos encontrados por baixo da muralha da Porta da Conceição – Alenquer”.
Localizado a meia-encosta, o sítio da Porta da Conceição levanta dúvidas quanto à localização e estrutura do povoado a que estariam associados aqueles vasos. João José Fernandes Gomes, que estudou o espólio, aponta duas possibilidades: a de se tratar de um povoado de tipo castrejo, que ocupara o topo do outeiro do Castelo, a 107 metros de altitude; ou de um povoado que ocupara uma das vertentes do mesmo monte.
A primeira parece, contudo, comprometida. Hipólito Cabaço, que nos anos trinta do século XX realizou escavações na zona da alcáçova do castelo medieval nada encontrou de tempos pré-históricos. Como escreveu Luciano Ribeiro: “Supoz-se que, abaixo do piso relativo à primeira dinastia alguma coisa houvesse das civilizações anteriores. Porém, infelizmente: nada!”.
Aceitando a segunda hipótese – povoado de encosta - não será indiferente a proximidade da Porta da Conceição às inúmeras fontes e nascentes que brotavam no sítio das Águas, de ambos os lados do rio, que era abundante de peixes, conforme relatos modernos.
A primitiva ocupação humana da região remonta à pré-história, conforme os testemunhos arqueológicos que atestam ter sido sucessivamente visitada e ocupada, ao longo dos séculos, por povos Gregos, Fenícios, Cartagineses, Romanos, Alanos, Godos e Muçulmanos, estes últimos responsáveis pela fortificação.
Sobre a configuração das anteriores fases da fortaleza nada sabemos, à excepção de alguns dados históricos que confirmam a sua existência.
No contexto da Reconquista cristã da Península Ibérica, a povoação e o seu castelo foram conquistados pelas forças de D. Afonso Henriques (1112-1185) em 1148, que determinou o seu repovoamento e reconstrução de suas defesas.
O seu filho e sucessor, D. Sancho I (1185-1211), fez erguer o Paço Real, posteriormente doado à Infanta D. Sancha, sua segunda filha. Sob o reinado de D. Afonso II (1211-1223), esta senhora concedeu o primeiro foral à vila (1212).
Posteriormente, Alenquer veio a receber Carta de Foral passada por D. Dinis (1279-1325) em 1302, e o Foral Novo de D. Manuel I (1495-1521), em 1510.
No troço de muralha voltado a Norte conservam-se duas torres quadrangulares avançadas em relação à cerca, numa solução que se aproxima das torres albarrãs islâmicas, embora sem se autonomizarem da muralha. Este facto pode indicar uma anterioridade deste sector da cerca mas, quer o aparelho construtivo, quer a forma de enrocamento da estrutura, não apresentam pontos de contacto com a arquitectura islâmica.
Certo é que, nos primeiros anos do século XIII, o castelo era uma das mais importantes praças fortes da região imediatamente a Norte de Lisboa. D. Sancho I mandou construir um paço que doou a sua filha, D. Sancha. Esta, perante a recusa de seu irmão em reconhecer a doação, viu-se obrigada a refugiar-se no interior das muralhas, as quais foram imediatamente cercadas pelo futuro D. Afonso II. Neste processo de luta entre os irmãos desavindos, o Papa Inocêncio III interveio e cedeu o castelo à Ordem do Templo, prova da relevância militar da estrutura naquela conjuntura.
A partir desse período, Alenquer passou a ser parte integrante do património das rainhas, sendo sucessivamente doada às soberanas do reino. As obras de edificação do conjunto que actualmente resta devem situar-se pelos inícios do século XIV, altura em que a Rainha Santa Isabel detinha a vila. Com efeito, os escassos vestígios materiais conservados indicam uma cronologia plenamente gótica. A planta da alcáçova é genericamente oval e não consta que integrasse torre de menagem isolada no pátio, mas sim adossada a uma das frentes de muralha. A cerca era corrida por adarve protegido por merlões quadrangulares e, perto do rio, aparentemente com funções defensivas sobre uma antiga fonte que abastecia a população, ergue-se a Torre da Couraça. Esta deverá ser de cronologia posterior à edificação do castelo e é uma imponente estrutura, de mais de 18 m de altura, bastante modificada nos séculos seguintes, tendo sido aproveitada para fins habitacionais privados.
No contexto da crise de sucessão de 1580, a vila apoiou as pretensões de D. António, Prior do Crato, ao trono, vindo a sua defesa a cair no ostracismo desde então.
O castelo encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público por Decreto publicado em 20 de Outubro de 1955.
Os seus remanescentes encontram-se atualmente bem conservados, destacando-se alguns troços de muralha, a Porta da Conceição e a Torre da Couraça, de planta quadrada.
O castelo encontra-se em posição estratégica no terreno, o que dificultou a sua conquista em meados do século XII. Os seus muros, ameados, percorridos por adarve, são em aparelho de pedra regular.
Em 1927, Hipólito Cabaço procedeu à limpeza parcial da cisterna e identificou espólio que permite situar a construção da fortaleza entre 1350 e 1385, lapso temporal que urge definir com maior clareza. Em 1940, a DGEMN demoliu a capela por cima da Porta de Nossa Senhora da Conceição e procedeu ao restauro de parte da muralha, mas o processo de restauro ficou inacabado, assim permanecendo até hoje.
1119 - O Papa atribui definitivamente a Braga as dioceses de Coimbra e Viseu .
1121 - D. Afonso II entra em Portugal , em missão de soberania, no séquito da mãe, D. Urraca.
- Invasão e saque de Portugal pelas tropas de D. Urraca , rainha do Reino de Leão e do Reino de Castela e de Diego Gelmírez , arcebispo de Compostela. Este facto foi de grande humilhação para D. Teresa, que teve de recuar e de se refugiar no Castelo de Lanhoso , onde acabou por se submeter a sua irmã D. Urraca.
1122 - D. Afonso Henriques, ainda infante, arma-se cavaleiro na Catedral de Samora.
- Casamento de Urraca Henriques, filha do conde D. Henrique e de D. Teresa, com Bermudo Peres de Trava, membro da poderosa família nobre dos Travas da Galiza.
- É escrita a Carta de Astorga.
1123 - Viseu - condes D. Teresa e D. Henrique que, em 1123 lhe concedem um foral. O segundo foral foi-lhe concedido pelo filho dos condes, D. Afonso Henriques, em 1187, e confirmado por D. Afonso II, em 1217.
1126 - Afonso VII de Castela torna-se Imperador de Castela e Leão, pela morte da sua mãe D. Urraca.
1127 - Cerco do Castelo de Guimarães.
- Egas Moniz consegue que o exército leon ês, que cerca Guimarães, levante o asssédio, sob promessa de D. Afonso Henriques prestar a menagem exigida pelo imperador das Estronghas.
- D. Afonso Henriques passa a controlar o Condado Portucalense.
- Conquista por D. Afonso Henriques dos castelos de Neiva e Feira, na terra de Santa Maria, a sua mãe D. Teresa.
- Acordo de Paz por tempo determinado entre D. Teresa, Fernão Peres de Trava e Afonso VII em Samora.
1128 - D. Teresa faz a primeira doação de que há notícia aos Templários: o castelo e a terra de Soure.