Antecedentes
Localmente conhecido como "Castelo dos Mouros", o que resta da fortificação medieval de Monforte não ilustra a importância estratégica deste reduto nos inícios da monarquia portuguesa. Com efeito, e ainda que não se conheçam exactamente as suas origens, Monforte foi um dos castelos que integrou a rede defensiva do rio Côa, transitando definitivamente para a posse portuguesa em 1297, pelo Tratado de Alcanizes. A sua construção terá, assim, ocorrido no século XII, em pleno domínio leonês desta parcela do território, dominante sobre a confluência da Ribeira da Canada com o rio Côa.
O castelo medieval
Em terras de Riba-Côa, o castelo terá sido construído no século XII. Encontra-se mencionado do Tratado de Alcanizes (1297) e, tendo perdido importância estratégica devido ao novo traçado da fronteira, veio a ser abandonado.
Nas Cortes de Évora de 1414, era referido como "local ermo" pelos representantes de Castelo Rodrigo, não aparecendo já no Livro das Fortalezas de Duarte de Armas, do início do século XVI.
Com a pacificação da linha de fronteira, na viragem para o século XIV, a rede de povoamento e de organização deste sector do reino privilegiou outros pontos que não Monforte. É por isso que, ao contrário de vilas relativamente próximas, que foram objecto de incremento populacional, de instituição de feiras e de sistemas mais complexos de amuralhamento, Monforte viu-se despovoado e, em breve, a sua própria relevância geo-estratégica reduzida drasticamente. Em 1414, nas cortes de Évora, os delegados de Figueira de Castelo Rodrigo já se lhe referem como local "ermo" e, na actualidade, apenas alguns troços de muralha muito danificados evocam a anterior relevância da fortaleza.
Nas imediações situa-se a Capela de Nossa Senhora de Monforte, templo de nave única também algo remodelado e escassamente estudado, cuja imagem tutelar, tardo-gótica, foi recolhida à capela de Santo António de Bizarril.
Atualmente encontra-se em ruínas.
Acontecimentos da época
1119 - O Papa atribui definitivamente a Braga as dioceses de Coimbra e Viseu .
1121 - D. Afonso II entra em Portugal , em missão de soberania, no séquito da mãe, D. Urraca.
1122 - D. Afonso Henriques, ainda infante, arma-se cavaleiro na Catedral de Samora.
1123 - Viseu - condes D. Teresa e D. Henrique que, em 1123 lhe concedem um foral. O segundo foral foi-lhe concedido pelo filho dos condes, D. Afonso Henriques, em 1187, e confirmado por D. Afonso II, em 1217.
1126 - Afonso VII de Castela torna-se Imperador de Castela e Leão, pela morte da sua mãe D. Urraca.
1127 - Cerco do Castelo de Guimarães.